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Aplicação das oficinas e desenvolvimento das atividades nas escolas: Teve como objetivo Promover um trabalho geral com a linguagem (leitura, compreensão e produção de textos), em suas diferentes modalidades, a partir de gêneros diversos, literários e não literários, aliando as atividades a reflexões acerca das questões sociais focalizadas pelo PIBID.
Os grupos desenvolveram atividades diversas nas salas de aula, conforme relatórios enviados para a coordenação do PIBID Letras-Ita. Nas oficinas foram trabalhados gêneros textuais diversos como músicas, notícias da web, cartaz publicitário, charge, crônicas, vídeos, conto, HQ, biografia, programas de TV, entrevista, teatro, com o objetivo de trabalhar os assuntos ligados às questões étnicas e de gênero, além de dinâmicas de grupo, com o mesmo objetivo e ainda estimulando a interação entre os alunos. Utilizou-se, por exemplo, as músicas “Racismo é burrice”, de Gabriel O Pensador e “Respeite meus cabelos, brancos”, de Chico César. Foi exibido para os alunos o vídeo “Vista minha pele”, seguido de debate. A importância da cultura africana e afrodescendente se fez presente no filme Besouro (2009). Foram também exibidos vídeos da Turma da Mônica, como o intitulado “Discriminação étnica”, que relata de forma ficcional a situação de quem sofre discriminação racial. O gênero biografia foi trabalhado a partir de suas características e com destaque para nomes da música popular, como Milton Nascimento, Gilberto Gil, Emicida e Vanessa da Mata, dentre outros. As músicas foram debatidas, as biografias foram comentadas e os alunos dialogaram sobre a discriminação sofrida por artistas brasileiros. Como produção textual, pediu-se que os alunos construíssem sua autobriografia. O conto “A donzela, o sapo e o filho do chefe” foi trabalhado em outras turmas, chamando a atenção para a questão do preconceito social e dando oportunidade para se trabalhar a intertextualidade e a produção de texto, no reconto. A HQ “Abolição dos Escravos”, da Turma da Mônica, também propiciou o debate e o trabalho com diversos gêneros, culminando numa peça teatral. Outras atividades também resultaram em peças teatrais ou vídeos. Poemas também foram trabalhados. A partir de slides foi exposto, por exemplo, o poema Grito Negro, de José Caveirinha, poeta africano. Depois da realização da leitura debateu-se o tema abordado pelo poema, refletindo sobre os sentidos das palavras carvão e mina, presente no poema. E para concluir a aula solicitou-se aos alunos que fizessem uma produção textual com o tema abordado no poema. Não foram esquecidos os heróis negros. Falou-se do Quilombo dos Palmares, e dos líderes Zumbi e Ganga Zumba, levando relatos da história de luta desses líderes. E após apresentação de slides houve uma atividade de pesquisa, utilizando os computadores. Falou-se também do quilombo Mussuca localizado na cidade de Laranjeiras em Sergipe. A dinâmica do espelho, a partir do conto O caso do espelho, uma versão completa de conto popular de origem chinesa, escrita por Ricardo Azevedo, foi de fundamental importância para que os alunos refletissem sobre sua identidade. Além disso, os alunos afirmaram que é muito difícil falar sobre si mesmo, é muito mais fácil encontrar e apontar o erro do outro. Foi utilizado também o vídeo Xadrez das Cores, disponível no link <https://www.youtube.com/watc h?v=NavkKM7w-cc>. Após a visualização do vídeo, os bolsistas lançaram perguntas para incitar o debate bem como instigar e analisar as primeiras inferências dos alunos no que se refere ao tema tratado. A leitura do poema Se ela faz eu desfaço, do poeta Elé Semog, foi usado na intenção de desmitificar alguns pontos acerca da Abolição da Escravatura. Um dos grupos trabalhou ainda com a análise da música Apartheid disfarçado, de Adão Negro, problematizando questões sobre o apartheid e discutindo os outros problemas sociais retratados na música e o poder influenciador da mídia para reforçar a imagem estereotipada de algumas minorias. Esse mesmo grupo trabalhou com a argumentação e a produção de textos argumentativos e com conceitos como Preconceito, Exclusão Social, “Bullying”. Já o filme Quanto vale ou é por quilo? mostrou que, mesmo na contemporaneidade, o negro ainda é inferiorizado em diversas camadas sociais. A religiosidade e demais aspectos culturais da cultura afrodescendente, como por exemplo, a capoeira, também foram contemplados. A participação no evento do Dia da Consciência Negra permitiu aos bolsistas desenvolverem com alunos atividades para apresentação, como dança, paródia de músicas, encenação de um HQ passado em sala de aula que contava a história do Zumbi dos Palmares, etc.
Boa participação dos alunos em sala de aula; desenvolvimento de habilidades relacionadas à escrita e à oralidade; reflexões profícuas sobre a questão do preconceito étnico-racial. |